Editorial
Publicado em Edição 14
Editorial
Quem leu Astérix recorda-se certamente do receio, várias vezes expresso ao longo das histórias, que os gauleses tinham de que “o céu lhes caísse em cima da cabeça”. Foi isso que aconteceu à humanidade, em 2020 – o céu desabou sobre nós, sob a forma de uma pandemia.
Mais de um ano depois, ainda está mal explicada, mal entendida, mal aceite e que destruiu e vai ainda destruir, milhões de vidas, seja através da morte propriamente dita, do inexorável fim de um modus vivendi, ou ainda da perda de trabalho, saúde mental ou esperança no futuro.
Para perceber melhor este fenómeno, trazemos uma visão de 360º sobre as consequências transversais que impactaram violentamente as nossas vidas: desde a forma como trabalhamos, nos relacionamos, nas cidades e nos espaços em que vivemos ou em setores como a aviação que luta por renascer… De médicos e cientistas, a economistas e especialistas em geopolítica, entre tantos outros, que analisam a gestão da pandemia e as suas consequências, como seja a aposta num capitalismo menos selvagem em que o ser humano volte a encontrar o seu devido valor.
Entretanto, em 2020 e apesar de tudo, a vida continuou. E prova disso é a entrevista a Jorge Magalhães Correia, Chairman da Fidelidade, o segurador líder em Portugal, onde nos fala sobre a evolução do Grupo e o seu contributo único para o mercado, também em tempos de pandemia. Ainda é cedo para conhecermos todas as consequências da pandemia de Covid-19, mas uma coisa é certa – o mundo de antes não é recuperável. Segundo os especialistas, temos a oportunidade de criar um mundo novo, mais sustentável, justo e solidário. Será que, como seres humanos, vamos ser capazes de dar esse passo? Mergulhados numa crise global sem precedentes, a resposta é ainda futurologia. No entanto, o conhecimento dos temas que estão sobre a mesa ajudará, certamente, a uma melhor compreensão do problema.
É esse o contributo que nos propomos dar hoje, através desta edição da FULLCOVER. Para que as nuvens pesadas deste céu cor de chumbo, que desabou sobre as nossas cabeças, se vão dissipando, até podermos ver o sol a brilhar de novo e, só então, talvez, tirar a máscara - e “reabrir”